Não é Utopia.
O Fim do Poder [como até hoje o conhecemos]
9.1.10
20.3.09
O Fim do Poder (como até hoje o conhecemos) [eng]
The Obsolescence of the Power Paradigm
Em 1998 Antonieta Costa, na investigação que realizou ao modelo de organização social presente nas Irmandades do Espírito Santo dos Açores, escreveu o que era impensável no mundo empresarial de há 11 anos atrás: um modelo de organização sem hierarquias. Entretanto o mundo mudou. Esse "modelo utópico" está gradualmente a tornar-se o novo paradigma das organizações do séc. XXI.
"Power became a problem when we understood that it contradicts all social processes, thoughts and relations among people. The simplest interaction between two people becomes a stage of battle where each one pretends to establish the "truth" about whatever was being in question. (...) the establishment of the "truth" is always dependent on a super-entity who gives the last word, an authority who reinforces the moral rightness, a hierarchical system to whom common man can resort to, in order to
"learn" how the order of the things is established, how it must be done, how everybody should behave. A society functioning under principles different from these is unforeseen and even unthinkable. (...).
Em 1998 Antonieta Costa, na investigação que realizou ao modelo de organização social presente nas Irmandades do Espírito Santo dos Açores, escreveu o que era impensável no mundo empresarial de há 11 anos atrás: um modelo de organização sem hierarquias. Entretanto o mundo mudou. Esse "modelo utópico" está gradualmente a tornar-se o novo paradigma das organizações do séc. XXI.
"Power became a problem when we understood that it contradicts all social processes, thoughts and relations among people. The simplest interaction between two people becomes a stage of battle where each one pretends to establish the "truth" about whatever was being in question. (...) the establishment of the "truth" is always dependent on a super-entity who gives the last word, an authority who reinforces the moral rightness, a hierarchical system to whom common man can resort to, in order to
"learn" how the order of the things is established, how it must be done, how everybody should behave. A society functioning under principles different from these is unforeseen and even unthinkable. (...).
15.3.09
"Perceber o rizoma social", António Cerveira Pinto
"A primeira constatação que me leva a considerar mais seriamente a possibilidade e utilidade de se promover um movimento electrónico de opinião e pressão política é o estado terminal em que se encontra o sistema partidário português. A desorientação é completa. (...) "
Lêr post completo --> O António Maria.
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27.1.09
O Poder e as Irmandades do Espírito Santo
Foi com base nas afirmações do post anterior que parti para a aventura de escrever neste blog, de forma resumida, parte do trabalho de investigação de Antonieta Costa, publicado no livro "O Poder e as Irmandades do Espírito Santo". Confesso que foi um dos livros com a capa "menos bonita" que comprei até hoje. Foi na Ilha do Faial em Agosto de 2008, numa feira do livro, que comprei por impulso este livro que considero um dos mais importantes que li até hoje. No prefácio, Maria Benedita Monteiro afirma que "Desejaria a autora [Antonieta Costa] que um tal sistema organizativo [o das Irmandades do Espírito Santo que existem há quase 500 anos no Arquipélago dos Açores], de estrutura horizontal, em que a norma da criatividade permanentemente promove e legitima relações de influência bi-unívoca entre os seus membros, se constituisse como paradigma do sistema organizacional no seio das sociedades democráticas, por forma a minimizar as formas paralizantes de conformismo a poderes estreitos e a tornar os cidadãos actores e protagonistas do desenvolvimento social". Na pág. 17 do mesmo livro, Antonieta Costa escreve "Na sua dimensão empírica, as Irmandades do Espírito Santo apresentam-se assim, como um estranho objecto social que, fugindo às interpretações e normas em vigor, não só consegue sobreviver, mas também apresentar vantagens no uso da sua lógica. Este posicionamento, extremamente controverso e mesmo subversivo, não se exibe ostensivamente, mas antes, procura passar despercebido, o que terá contribuido para o seu desconhecimento".
Bibliografia:
Antonieta Costa, "O Poder e as Irmandades do Espírito Santo", Editora Rei dos Livros [Sintese da tese de doutoramento de Antonieta Costa com o título original "Os Dois Paradigmas da Gestão Pela Cultura, ISCTE, Julho 1998].
Este livro pode ser adquirido na Editora Reis dos Livros, Rua São Nicolau, 22, 1º, Lisboa – Tel.: 218854600 email: reidoslivros@clix.pt
Bibliografia:
Antonieta Costa, "O Poder e as Irmandades do Espírito Santo", Editora Rei dos Livros [Sintese da tese de doutoramento de Antonieta Costa com o título original "Os Dois Paradigmas da Gestão Pela Cultura, ISCTE, Julho 1998].
Este livro pode ser adquirido na Editora Reis dos Livros, Rua São Nicolau, 22, 1º, Lisboa – Tel.: 218854600 email: reidoslivros@clix.pt
Antonieta Costa, Socióloga e Psicóloga Social
Numa entrevista que concedeu, em Abril de 2008, ao jornal açoriano "Expresso das Nove", Antonieta Costa afirmou que "não vivemos em igualdade, mas vivemos, há 200 anos, em democracia" e que "a democracia entrou em falência (...) nenhum indivíduo sente que participa na construção da realidade social. O homem comum não colabora activamente, por isso, não acredita na possibilidade de se poder estabelecer um sistema de horizontalidade". Num outro artigo publicado em Março de 2008 no jornal "Açoriano Oriental", Antonieta Costa afirma que "as Irmandades do Espírito Santo são um modelo revolucionário de estrutura horizontal de poder que poderia ser aplicado às empresas ou até às organizações políticas. É de facto um modelo que exclui todos os níveis intermédios de poder até as próprias cúpulas. É a organização mais horizontal que eu já vi”.
A pomba, a divindade feminina e a nação portuguesa
"Na antiguidade Greco-Romana e do Médio-Oriente, era atribuído aos pássaros, sobretudo às pombas, um significado simbólico como manifestações da Divindade. Na antiguidade do Médio-Oriente, a pomba era um símbolo da divindade feminina, associada ao amor e à fertilidade: Ishtar, Astarte, Tanit, Anat e Atargatis. Na antiguidade Grega, a pomba simbolizava Afrodite, a deusa do amor e da beleza e, como tal, imbuída de conotações eróticas. Como atributo da deusa da fertilidade, a pomba tornou-se um símbolo de amor entre os seres humanos, bem como entre a divindade e seus devotos seguidores."
- Norman A. Rubin, "The Dove" (tradução livre adaptada).
Há também quem considere Sophia (a Sabedoria), como o Espírito Santo ou o aspecto feminino da divindade cristã. Ruach or Ruach Ha Kodesh é, em hebraico, um termo feminino que significa na religião judaica o "Sopro Divino" ou o "Espirito Santo". É referido na Cabala como uma das emanações da Shekhinah, a "Glória de Divina" ou o aspecto feminino da divindade.
Como acabei de referir sucintamente, a pomba (interpretada como uma emanação feminina da divindade) tomou também a forma humana em diferentes civilizações. No Antigo Egipto, por exemplo, poderá também ter representado Ísis ou Hathor. No Panteão Romano encontramos Vénus, também chamada Venus Columba (pomba). Nos Estados Unidos da América a Deusa Columbia (pomba) é representada como a personificação feminina do próprio país. Esta mesma figura é conhecida por outro nome nos Estados Unidos da América e em França: a Deusa da Liberdade. Outros exemplos na Europa são a Deusa Britannia no Reino Unido, Turrita em Itália, Marianne em França, a Mãe Rússia, e a República em Portugal, entre diversas outras representações nacionais e regionais. Várias destas figuras femininas são personificações alegóricas femininas dos ideais da Liberdade, da Razão, da Nação e das virtudes cívicas da República.
Como estou a escrever sobre conceitos abstractos versus representações mitológicas concretas (Espírito Santo, Pomba, Sabedoria e Deusas), sugiro uma teoria baseada sobretudo na intuição e não tanto em factos históricos. Sugiro que a figura central repetida nos Painéis de São Vicente de Fora, representa o próprio Espírito Santo, numa representação feminina que simboliza a Nação Portuguesa. Em Portugal existem múltiplas teorias e discussões infidáveis sobre o significado dos Painéis e desta figura central, de aparência andrógina. Segundo António Salvador Marques no sítio http://paineis.org/, a figura central que tem, segundo o autor, na cabeça um Barrete Frígio, símbolo da Liberdade, representa a Nação Portuguesa. Diversos autores consideram herdeiros do Barrete Frígio na Península Ibérica as barretinas usadas na Catalunha, os barretes dos Campinos do Ribatejo ou os barretes dos Pedreirinhos em Alijó.
E ficam por aqui as minhas especulações sobre esta vasta temática, pois o tema central deste blog é o da Utopia: mais correctamente o de uma Eutopia, ou seja, uma Utopia concretizável, positiva e não impossível. A Eutopia de um mundo que vem aí, onde os líderes são dispensáveis em qualquer organização, seja ela a de um pequeno grupo ou até de um país. Ficam propositadamente de fora o Messianismo Milenarista do Padre António Vieira, os Templários e a Ordem de Cristo, o Quinto Império, as Profecias de Bandarra, Mafra e D. João V, o Sebastianismo, as visões de D. João Bosco sobre Brasília ou o futuro de Portugal segundo a Mensagem de Fernando Pessoa, a Ilha dos Amores de Camões como outro Jardim das Hespérides e os textos de António Quadros ou de Agostinho da Silva sobre o futuro de Portugal, entre diversos temas ligados ao passado/futuro de Portugal.
Ver também:
J. J. Hurtak, PhD, The Holy Spirit: The Feminine Aspect of the Godhead
Rev. Mark Raines, Shekinah, Eema: God the Mother & Pneuma
22.1.09
Isabel de Aragão e a Idade do Espírito Santo
Fotografia de Pedro Fernández
Filha do rei Pedro III de Aragão e de Constança de Hohenstaufen, princesa da Sicília e rainha de Aragão, Isabel de Aragão nasceu em Saragoça em 1271 e casou-se por procuração com D. Dinis em 1288, quando tinha 17 anos. Ainda antes do casamento, Isabel recebeu como dote de D. Dinis, em 1281, as vilas de Abrantes, Alenquer e Porto de Mós. Posteriormente foram-lhe ainda concedidos, entre outros, os castelos de Vila Viçosa, Sintra, Gaia e Ourém.
Foi na adolescência, provavelmente em Barcelona, que Isabel tomou conhecimento das teorias de Joaquim de Fiore, fundador da Ordem dos Florenses, por meio do médico e místico aragonês Arnaldo de Vilanova e dos Franciscanos Espirituais, considerados hereges por diversos Papas. Isabel acreditava, segundo Joaquim de Fiore, que a Terceira Idade do Espírito Santo chegaria num futuro próximo e que portanto era sua e de D. Dinis a missão de celebrar o Pentecostes, coroando homens e mulheres comuns como os novos Imperadores e Reis da nova Idade. As festas do Império e do Divino Espírito Santo, foram pela primeira vez celebradas por volta de 1323, provavelmente na Vila de Alenquer segundo Jaime Cortesão, ou na Vila de Sintra, segundo outros autores.
Segundo Manuel J. Gandra, "A principal cerimónia da Função, Folia ou Império, consistia, salvo ligeiras variantes regionais, na coroação com três coroas, uma imperial e duas reais, do Menino Imperador assessorado por dois reis — um homem jovem e outro idoso —, respectivamente na razão das idades do Espírito Santo, do Filho e do Pai» (Gandra 1997, 5). [...] o Menino representa a inocência sem a qual não se entra no Reino de Deus (Marcos 10:15); e os dois "reis", escolhidos entre os pobres.
O êxito destas festividades ao Divino Espírito Santo foi enorme. Segundo o Padre Alberto Pereira Rei, "o seu apogeu, compreendido entre o séc. XIV e a 1ª metade do séc. XVI, coincide exactamente com o auge da expansão marítima o que não deixa de ser sintomático da íntima relação de causa-efeito, entre ambas as realidades. Jaime Cortesão refere só ter encontrado quatro hospitais colocados sob tal invocação antes de 1321. A partir desse ano e até ao fim de quinhentos listou cinco centenas de cidades, vilas ou aldeias cuja matriz tinha o Espírito Santo por orago, cerca de 80 hospitais e albergarias com suas capelas, um milhar de conventos, capelas de igrejas e principalmente ermidas daquela invocação".
Nota: Embora hoje em dia a Igreja Católica considere as festividades ao Divino Espírito Santo como um evento do calendário católico, na sua génese as festividades eram celebradas à margem da Igreja devido à teoria de Joaquim de Fiore de que, na Idade do Espírito Santo, a Igreja de Roma (e todas as outras) deixariam de ser necessárias, sendo a relação com a Divindade celebrada à maneira de cada um, sem qualquer tipo de mediação por parte de uma Igreja. Segundo Manuel J. Gandra, foram diversas as censuras e interditos visando os Impérios do Divino Espírito Santo em Portugal, por parte de vários monarcas, arcebispos e bispos.
Bibliografia:
António de Macedo no sítio Triplov.com
Wikipedia, Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal.
Joaquim de Fiore e as Três Idades
Nascido no Reino de Nápoles [Itália] c. 1135, Gioacchino da Fiore (ou Joaquim de Fiore) foi poeta, artista e visionário. Também considerado um místico, teólogo e filósofo da história, foi o fundador da ordem monástica de San Giovanni em Fiore. Em 1263, no Sínodo de Aries, a Igreja Católica Romana julgou parte das suas doutrinas como hereges. Em traços gerais, Joaquim de Fiore divide a História em Três Idades:
A Primeira Idade é a do Pai e corresponde à época de Moisés (Antigo Testamento). É a Idade da lei ou pena de talião — "Olho por olho, dente por dente" — e consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, apropriadamente designada por retaliação. Esta lei encerra a ideia de correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: para tal crime, tal pena. Os primeiros indícios da lei de talião estão no Código de Hamurabi, elaborado em c. 1730 a.C., no reino da Babilónia.
A Segunda Idade é a do Filho e corresponde à época de Jesus, o Mediador (Novo Testamento). É a Idade da resolução amigável dos conflitos através do diálogo e do perdão mútuos.
A Terceira Idade, a do Espírito Santo, é a Idade da Liberdade, do amor universal, da igualdade — a Idade das Boas Novas Eternas.
A correspondência destas Três Idades a datas precisas é um debate que dura há séculos e que não gerou até hoje consenso. Em termos gerais e imprecisos, podemos considerar a Primeira Idade a do signo Áries (ou Carneiro). i.e., de c. 2500 a.C. a c. 300 d.C.. A Segunda Idade corresponde ao signo Peixes, de c. 300 a c. 2000 e a Terceira Idade de c. 2000 a c. 4000, sendo o signo Aquário.
Joaquim pregava que na Terceira Idade, a do Império do Espírito Santo, qualquer "plebeu" seria Imperador, já que a sabedoria divina iluminaria todos os seres humanos de igual modo e independentemente de estruturas religiosas tradicionais. A Terceira Idade será universal, já que toda a Humanidade compreenderá o significado do amor universal e da igualdade entre si. Não haverá necessidade de instituições religiosas, dado que todos beneficiarão de uma "inteligência espiritual".
O pensamento de Joaquim de Fiore é complexo e pleno de interpretações livres do Antigo e Novo Testamentos, sendo que o texto do Apocalipse (ou Revelação) serve de base para a sua teoria do advento da Terceira Idade. O seu legado de obras que sobreviveram até aos dias de hoje é vasto: 22 livros escritos entre 1170 e 1200.
No centro da herança visionária de Joaquim de Fiore, encontramos a ideia de uma "fase final" da História, uma época vindoura de fraternidade e de plena liberdade para o ser humano. O apogeu da história será sinalizado pelo aumento da espiritualidade no mundo, um tempo do intelecto e da ciência.
As suas ideias têm merecido, ao longo dos séculos, o estudo de dezenas de académicos e de teólogos. Em 1982 foi criado, em Itália, o Centro Internacional de Estudos Joaquimitas.
É nas Irmandades do Divino Espírito Santo, nos Açores e nas comunidades açorianas no continente americano que encontramos, no séc. XXI, o último reduto destas ideias.
Em 1261 nasce em Portugal D. Dinis e em 1271, em Saragoça, a Infanta Isabel de Aragão, futuros Rei e Rainha Consorte de Portugal. Dinis e Isabel casaram-se em 1288. A ligação deste Reis ao joaquimismo será desenvolvida em seguida.
Bibliografia:
Encyclopedia Britannica, Joachim de Fiore. Wikipedia.
A Primeira Idade é a do Pai e corresponde à época de Moisés (Antigo Testamento). É a Idade da lei ou pena de talião — "Olho por olho, dente por dente" — e consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena, apropriadamente designada por retaliação. Esta lei encerra a ideia de correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: para tal crime, tal pena. Os primeiros indícios da lei de talião estão no Código de Hamurabi, elaborado em c. 1730 a.C., no reino da Babilónia.
A Segunda Idade é a do Filho e corresponde à época de Jesus, o Mediador (Novo Testamento). É a Idade da resolução amigável dos conflitos através do diálogo e do perdão mútuos.
A Terceira Idade, a do Espírito Santo, é a Idade da Liberdade, do amor universal, da igualdade — a Idade das Boas Novas Eternas.
A correspondência destas Três Idades a datas precisas é um debate que dura há séculos e que não gerou até hoje consenso. Em termos gerais e imprecisos, podemos considerar a Primeira Idade a do signo Áries (ou Carneiro). i.e., de c. 2500 a.C. a c. 300 d.C.. A Segunda Idade corresponde ao signo Peixes, de c. 300 a c. 2000 e a Terceira Idade de c. 2000 a c. 4000, sendo o signo Aquário.
Joaquim pregava que na Terceira Idade, a do Império do Espírito Santo, qualquer "plebeu" seria Imperador, já que a sabedoria divina iluminaria todos os seres humanos de igual modo e independentemente de estruturas religiosas tradicionais. A Terceira Idade será universal, já que toda a Humanidade compreenderá o significado do amor universal e da igualdade entre si. Não haverá necessidade de instituições religiosas, dado que todos beneficiarão de uma "inteligência espiritual".
O pensamento de Joaquim de Fiore é complexo e pleno de interpretações livres do Antigo e Novo Testamentos, sendo que o texto do Apocalipse (ou Revelação) serve de base para a sua teoria do advento da Terceira Idade. O seu legado de obras que sobreviveram até aos dias de hoje é vasto: 22 livros escritos entre 1170 e 1200.
No centro da herança visionária de Joaquim de Fiore, encontramos a ideia de uma "fase final" da História, uma época vindoura de fraternidade e de plena liberdade para o ser humano. O apogeu da história será sinalizado pelo aumento da espiritualidade no mundo, um tempo do intelecto e da ciência.
As suas ideias têm merecido, ao longo dos séculos, o estudo de dezenas de académicos e de teólogos. Em 1982 foi criado, em Itália, o Centro Internacional de Estudos Joaquimitas.
É nas Irmandades do Divino Espírito Santo, nos Açores e nas comunidades açorianas no continente americano que encontramos, no séc. XXI, o último reduto destas ideias.
Em 1261 nasce em Portugal D. Dinis e em 1271, em Saragoça, a Infanta Isabel de Aragão, futuros Rei e Rainha Consorte de Portugal. Dinis e Isabel casaram-se em 1288. A ligação deste Reis ao joaquimismo será desenvolvida em seguida.
Bibliografia:
Encyclopedia Britannica, Joachim de Fiore. Wikipedia.
6.1.09
Utopia c. 1450–2009
A ideia de criar este blog não é nova. Faltava-me uma motivação clara para o criar. Acima de tudo necessitava de informação consistente e, a meu ver, relevante para o tornar viável. A motivação surgiu da necessidade de explicar a alguns membros da comunidade do MarketWatch, utilizando uma abordagem científica, quem são as Irmandades que há mais de 500 anos em Portugal vivem sem líderes e que têm por valores a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade. Que Irmandades são estas que foram perseguidas durante séculos pela Igreja Católica, que admitem a inclusão de homens e de mulheres comuns e nas quais a filiação partidária dos seus membros pode ser qualquer uma, ou mesmo nenhuma. Em relação à abordagem científica, fica desde já claro que não sou um académico — sou designer gráfico e diretor executivo da RMAC.
Este blog serve (não exclusivamente) para divulgar — com a devida vénia e por meio de citações — parte do trabalho da investigadora, Socióloga e Psicóloga Social, Antonieta Costa, Técnica Superior Principal da Direção Regional da Cultura do Governo Regional dos Açores. O objetivo é claro: mostrar que existem grupos de pessoas que têm "capacidade de apresentar soluções coletivas para grandes problemas", ou seja, "que o modelo de utopia é realizável". Ver pág. 5 do Boletim Informativo nº 15 de Setembro de 2000 do NEPS, Núcleo de Estudos de População e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Pólo de Azurém.
Notas:
Este blog será, sempre que possível, bilingue: documentos em "link" não terão traduções ou retroversões por questões de direitos autorais.
O meu comentário no MarketWatch é o 32º da lista.
Este blog está escrito em português europeu de acordo com as normas do Acordo Ortográfico de 1990.
Este blog serve (não exclusivamente) para divulgar — com a devida vénia e por meio de citações — parte do trabalho da investigadora, Socióloga e Psicóloga Social, Antonieta Costa, Técnica Superior Principal da Direção Regional da Cultura do Governo Regional dos Açores. O objetivo é claro: mostrar que existem grupos de pessoas que têm "capacidade de apresentar soluções coletivas para grandes problemas", ou seja, "que o modelo de utopia é realizável". Ver pág. 5 do Boletim Informativo nº 15 de Setembro de 2000 do NEPS, Núcleo de Estudos de População e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Pólo de Azurém.
Notas:
Este blog será, sempre que possível, bilingue: documentos em "link" não terão traduções ou retroversões por questões de direitos autorais.
O meu comentário no MarketWatch é o 32º da lista.
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